sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Familia


Se há algo que me torna ainda mais emotivo, é a presença dos meus avós. Estive com eles nestes dias e para mim, são um casal perfeito e uns familiares de quem me orgulho ainda mais. Típicos velhotes, mas apesar da idade avançada que ambos têm e as muitas mazelas de saúde inerentes a isso, continuam a amar-se, a provocar-se e das coisas que mais adoro fazer na sua presença é sentar-me a ouvir as histórias de um e de outro quando eram novos e como o outro reage, perante a discrição meiga de quem a estar a contar. Esta semana foi deveras complicada para mim, mais de 800 km a conduzir, pouco mais de uma dezena de familiares de quem me despedi com um "Até já", mas nunca sentimos as coisas com essa simplicidade, tudo parece um Adeus, quando não moramos perto de alguém de quem gostamos e nos temos de despedir para mais uma temporada sem os ver presencialmente. 

São residentes de uma pequena aldeia no coração de Trás-os-Montes e cada vez há menos pessoas a morar por lá e crianças só haverão cerca de duas. Além de para terem a noção, a minha família directa, são os mais velhos e mais novos daquele local. Isto é algo que me custa e ainda para mais, porque eu sou mais um dos netos que vai para fora. Como expliquei anteriormente, não o faço de forma nem definitiva, nem desesperada. Foi algo muito pensado e na minha área, eu de facto preciso de estar mais à frente e actualizado. Não é algo que eu aprenda hoje e me sirva para a vida toda, sendo a minha qualidade de profissional ligada directamente à minha capacidade de aprendizagem e a resposta no momento. De qualquer forma, contarei como mais um e até voltar, serei-o. 

Tranquiliza-me neste lado familiar e no que vos descrevo, é pensar e querer nunca esquecer as minhas raízes e de onde vim. O facto de já ter viagens marcadas ao longo do ano para estar em Lisboa e também os rever no norte de Portugal. E não desistir de querer formar a minha vida, neste nosso Portugal e não noutro local do planeta.

1 comentários:

Catarina disse...

Podemos partir, mas ter uma família assim é como ter um porto seguro para regressar.

Raízes transmontanas? As minhas também andam por lá perto :) Mais a sul um pouco

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